Prédio da Kiss

Pais querem reaver objetos das vítimas que estão dentro da boate

Lizie Antonello

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Um grupo de familiares de vítimas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, acompanha os preparativos para a limpeza do prédio na manhã desta segunda-feira. Eles solicitaram ao juiz Ulysses Fonseca Louzada que pudessem reaver pertences das vítimas que ainda permanecem no interior do prédio e que, uma comissão de pais pudesse acompanhar o serviço de limpeza.

O magistrado disse que somente a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), órgão responsável por fiscalizar a execução do trabalho, poderia decidir se liberaria ou não a entrada de pessoas no local e se os objetos poderiam ou não serem entregues aos familiares.

Na manhã desta terça-feira, o engenheiro químico da Fepam, Mário Kolberg Soares, informou que diante do pedido das famílias, os objetos e pertences das vítimas serão separados, embalados em espécie de sacolas plásticas e mantidos dentro do prédio. Segundo a Fepam, eles não serão mais descartados junto com os demais entulhos, como era previsto anteriormente. Esta será a primeira ação da empresa contratada para a limpeza do local. Como a higienização individual destes objetos não está prevista no plano de limpeza aprovado pela Fepam, será preciso fazer um adendo ao plano original com as especificações de como será feita a descontaminação dos objetos para, posteriormente, serem entregues às famílias.

Uma reunião foi marcada entre o juiz, a empresa dona do imóvel (Econn Empreendimentos e Hotelaria) e a Fepam, às 16h, deve discutir o assunto.

Nesta manhã, houve o bloqueio total do trânsito na Rua dos Andradas, entre a Rua André Marques e Avenida Rio Branco. Uma estrutura metálica foi montada na fachada do prédio para sustentar a lona de proteção. A montagem deve ser concluída nesta tarde e os trabalhos para a limpeza do prédio estão previstos para começar às 8h desta quarta-feira.

Para reforçar ainda mais a estrutura, uma equipe contratada pela imobiliária responsável pelo prédio perfurou o asfalto em frente à boate para fixar estacas. Com o auxílio de cordas, elas irão sustentar a lona que deve encobrir todo o prédio. Servidores contratados irão retirar os tapumes da fachada. A laje de concreto que fica abaixo do nome da boate deve ser removida porque está deteriorada.

A tragédia

Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, um incêndio na boate matou 242 jovens e deixou mais de 600 feridos graves. Até agora, nenhum dos réus dos processos criminal, militar e administrativo foram punidos ou absolvidos.

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